Os Avataras do Senhor Krishna
Sri Nandanandana
Os
avataras do Senhor são tão incontáveis quanto as ondas do oceano.
Conheça neste artigo alguns dos principais avataras e suas categorias.
O
Ser Supremo faz Seu advento em várias formas e encarnações. Na verdade,
“encarnação” não é a palavra apropriada, uma vez que significa
“aparecer na carne”. O Senhor faz Seu advento em Sua própria forma, e
não nos elementos ou na carne deste mundo. O nome apropriado para essa
descida do Senhor é avatara, embora muitas vezes se use a palavra “encarnação” para dizer o mesmo. Cada vinda, ou avatara
do Senhor, tem uma missão específica, mas, primariamente, ajudam a
manter o mundo, guiar os seres vivos na vida e atraí-los de volta ao
domínio espiritual.
O
momento e a razão para essas encarnações é que, sempre e onde quer que
haja um declínio da religião e uma ascensão de irreligião, o Senhor
Krishna Se manifesta. Deste modo, a fim de proteger os sadhus (os piedosos), destruir os invejosos e reestabelecer os princípios da religião, Ele faz Seu advento milênio após milênio.1
O
Senhor Krishna aparece em cada universo. Quando Suas atividades são
encerradas em um universo, Ele começa Seus passatempos em outro. Assim,
Seus passatempos eternos prosseguem dessa maneira enquanto a
manifestação material continue. Ademais, Seus devotos eternamente
libertos também O seguem de um universo a outro a fim de acompanharem-nO
em Seus venturosos passatempos.2
Também
se juntam ao Supremo aqueles devotos que estão quase perfeitos em sua
consciência espiritual. Por se juntarem aos passatempos do Senhor em
outro universo e por sua associação direta com o Senhor e Seus devotos
puros, podem completar as qualificações necessárias para entrarem
diretamente na atmosfera espiritual. É assim como o Ser Supremo exibe os
passatempos eternos do domínio espiritual dentro da criação material e
atrai as almas materialmente condicionadas.
As Principais Encarnações do Ser Supremo
Há vinte e dois principais lila-avataras
do Ser Supremo, que aparecem ao longo das eras. Todos eles têm formas
ou aspectos corpóreos específicos, assim como propósitos particulares.
São listados em vários textos védicos, especialmente nos Puranas, e seus muitos passatempos são ali explicados em detalhes.
A primeira dessas encarnações são os quatro filhos de Brahma, os Kumaras.
Eles fizeram o voto de celibato e se submeteram a severas austeridades
para conhecerem a Verdade Absoluta. São considerados almas jivas dotadas de poder, ou shaktyavesha-avataras, cuja missão foi ensinar o processo do desenvolvimento espiritual.3
O conhecimento da verdade espiritual havia desaparecido na devastação
universal anterior, e eles ajudaram no seu restabelecimento.4
O Senhor Varaha foi o segundo avatara,
o qual teve a forma de um gigantesco javali. Ele ergueu o planeta Terra
para fora das águas imundas das regiões inferiores do universo, uma
atividade apropriada para um javali. Fez isso a fim de neutralizar as
atividades nefastas dos demônios que haviam deixado o planeta Terra em
risco.5
A terceira encarnação foi um sábio entre os semideuses, Devarshi Narada Muni, outra personalidade investida de poder. Ele reuniu exposições dos Vedas que lidavam com o processo do serviço devocional ao Senhor Krishna e compôs o grande clássico Narada-pancharatra. Também viajou pelo universo cantando as glórias do Senhor e dando instruções pertinentes a bhakti-yoga e a como obter verdadeira felicidade. Assim, possui muitos discípulos por toda a criação.6
Narada Muni certa vez aprendeu a ciência do serviço devocional ao
Senhor durante a encarnação Hamsavatara do Senhor, a forma do Supremo
similar a um cisne, que ficara muito satisfeita com Narada.7
Na quarta encarnação, o Senhor se tornou os filhos gêmeos conhecidos como Nara
e Narayana. Eles nasceram de Murti, a esposa do rei Dharma. Eles se
submeteram a severas austeridades na área de Badarikashrama (Badrinatha)
nos Himalayas de sorte a demonstrarem o processo de controle dos
sentidos para o progresso espiritual.8 As beldades celestiais
certa feita foram com as companheiras de Cupido até Narayana a fim de
divergirem-nO de Seus votos, mas fracassaram e viram muitas outras belas
mulheres como elas emanando do Ser Supremo. Tudo parte do Supremo, que
permanece desapegado de todas as Suas manifestações.9
A quinta encarnação foi o Senhor Kapila, o mais destacado entre os seres perfeitos. Ele foi o primeiro a explicar o sistema de filosofia sankhya e o caminho de compreensão da Verdade pela análise dos elementos materiais.10
Foi o filho do sábio Kardama Muni e de sua esposa Devahuti. Também
apresentou grandes ensinamentos à sua mãe sobre a ciência do serviço
devocional ao Senhor Supremo, por meio do que ela se livrou de todas as
tendências materiais e logrou a libertação.11 Essa doutrina é apresentada em detalhes no Srimad-Bhagavatam.
A sexta encarnação apareceu como Dattatreya,
o filho do sábio Atri e de sua esposa Anasuya, ambos os quais haviam
orado pedindo que uma encarnação fosse filho deles. Falou acerca do
tópico da transcendência a Alarka, Prahlada, Yadu, Haihaya e outros.12
A sétima encarnação foi Yajna,
o filho de Ruci e de sua esposa Akuti. Durante o tempo de Svayambhuva
Manu, não havia nenhuma entidade viva qualificada para o posto de Indra,
o rei do paraíso, Indraloka. Yajna, então, assumiu o posto de Indra e
foi auxiliado por Seus filhos, como Yama, o senhor da morte, e outros
semideuses, na administração dos assuntos do universo.13
O rei Rishabha
foi a oitava encarnação, que apareceu como o filho do rei Nabhi e sua
esposa Merudevi. Mais uma vez, demonstrou o caminho da perfeição
espiritual pela prática de yoga e instruindo Seus filhos no processo de tapasya,
austeridades para o desenvolvimento espiritual. Esse caminho santifica a
existência de quem o segue e conduz à felicidade espiritual perpétua.
Esse caminho é seguido por aqueles que controlaram completamente seus
sentidos e são honrados por todas as ordens de vida.14
O Senhor também apareceu como Hayagriva,
“aquele de cabeça de cavalo”. Foi uma encarnação de cor dourada que
surgiu durante um sacrifício realizado por Brahma. Quando Ele exalou,
todos os doces sons dos Vedas partiram de Suas narinas.15
A nona encarnação foi Prithu, que aceitou o corpo de um rei. Os sacerdotes brahmanas
oraram por Sua vinda a fim de que neutralizasse os problemas que haviam
sido causados pelas atividades ímpias do rei anterior, de nome Vena.
Prithu fez vários arranjos para cultivar a terra e produzir grande
variedade de produtos.16 Embora o rei Vena houvesse sido condenado ao inferno pelas reações de seus erros e pela maldição dos brahmanas, Prithu o salvou.17
Depois
do tempo de Chakshusha Manu, houve completa inundação em todo o mundo.
Manu foi alertado sobre essa enchente e construiu um barco no qual ele e
sua família sobreviveram. O Senhor aceitou a forma de um imenso peixe
para proteger Vaivashvata Manu e guiar o barco em segurança até um
imenso pico de uma montanha. Esse foi o avatara
Matsya. Depois do período de cada Manu, há uma devastação de água no
planeta. O Senhor, então, aparece regularmente a fim de mostrar favor
especial a Seus devotos e protegê-los da devastação, assim como para
permitir um novo começo para a sociedade. Ele, destarte, protege da
destruição todas as entidades vivas bem como os Vedas.18
Depois da última inundação, Manu e sua família e as criaturas vivas
sobreviventes repovoaram a Terra. O povo local de Uttarakhand, no norte
da Índia, identifica Nanda Devi como o pico da história da enchente.
A décima primeira encarnação do Supremo foi na forma de uma imensa tartaruga, Kurma,
cuja principal missão foi fazer o papel de um pivô para a colina
Mandara, que foi usada como braço de pilão pelos demônios e semideuses. O
evento foi que os demônios e semideuses queriam produzir néctar a
partir do oceano através dessa batedura, pois o néctar os tornaria
imortais. Cada um dos lados queria ser o primeiro a obter a bebida, e as
costas do Senhor Kurma foi o local de assento da colina.19
Conforme a montanha se movia de um lado a outro sobre as costas de Kurma
enquanto Ele estava parcialmente dormindo, Ele experimentou uma
sensação de coceira.20
Na décima segunda encarnação, o Senhor apareceu como Dhanvantari,
que produziu o néctar que surgiu da batedura. Ele é considerado o
senhor da boa saúde. É Ele quem inaugurou a ciência médica no universo.21 O Senhor aceitou a décima terceira encarnação tornando-Se Mohini,
a mais bela das mulheres, que enganou os demônios de modo a que o
cântaro com o néctar fosse dado aos semideuses. Assim, o Senhor impediu o
caos que decorreria caso os demônios bebessem o néctar e se tornassem
imortais.22
Na décima quarta encarnação, o Senhor apareceu como Narasimhadeva,
a forma meio homem meio leão que exibiu a ira e o poder do Ser Supremo
quando um de Seus devotos foi colocado em perigo. O Senhor colocou o
demônio Hiranyakashipu sobre Seu colo e, com Suas longas unhas, rasgou o
corpo do ateísta que havia ameaçado a vida de seu filho, Prahlada, um
leal devoto do Senhor.23 Esta é uma das histórias mais populares entre as histórias descritas nos Puranas.
Na décima quinta encarnação, o Senhor, como Vamana, assumiu a forma de um brahmana
anão. Ele apareceu como o caçula de Sua mãe, Aditi. Ele visitou a arena
sacrificial de Bali Maharaja fingindo pretender pedir por meros três
passos de terra. Bali, uma vez solicitado, rapidamente concordou em dar a
Terra, pensando que aquele anão não poderia receber muitas terras com
Suas passadas. Contudo, quando Vamana deu dois passos, Seu corpo se
tornou tão imenso que cobriu todo o universo. Não havia mais lugar para
dar Seu terceiro passo, motivo pelo qual Bali, compreendo que estava
diante do Ser Supremo, ofereceu sua cabeça para o último passo. Assim,
Vamana fez Bali humilde, em consequência do que Bali se qualificou para
ter seu próprio planeta.24
Na décima sexta encarnação, o Senhor aceitou a poderosa forma de Parashurama
e aniquilou a viciosa classe de reis guerreiros vinte e uma vezes a fim
de livrar a Terra do fardo de tais regentes nefastos. Deste modo, pôde
estabelecer uma administração nobre.25
A décima sétima encarnação foi Srila Vyasadeva, que apareceu como o filho de Parashara Muni e sua esposa Satyavati. Sua missão foi dividir o Veda único em vários ramos e sub-ramos a fim de que as pessoas que são menos inteligentes possam compreendê-los facilmente.26 Ele, então, compôs os textos védicos mais importantes, culminando em seu próprio comentário à literatura védica na forma do Srimad-Bhagavatam. Desta maneira, o Veda único se tornou as quatro principais samhitas, a saber, os Vedas Rig, Yajur, Sama e Atharva. Vieram, então, os textos Brahmanas, os Vedanta-sutras, o Mahabharata e, então, os Puranas, dos quais Vyasadeva considerou o Bhagavata Purana (Srimad-Bhagavatam) o mais importante e completo.
Na décima oitava encarnação, o Senhor apareceu como o rei Rama.
A fim de agradar os semideuses e a humanidade, exibiu Seus poderes
sobre-humanos como o rei ideal e matou o rei demônio Ravana.27 Esta é uma das narrativas mais populares em toda a Índia, a qual está registrada no grande épico védico conhecido como Ramayana.
O Senhor Rama apareceu na família de Maharaja Ikshvaku como o filho de
Maharaja Dasharatha, junto de Sita, Sua potência interna e esposa. Sob a
ordem de Dasharatha, o Senhor Rama foi para a floresta para viver com
Sita e Seu irmão Lakshmana. Enquanto na floresta, Sita foi raptada pelo
demônio Ravana, o que abriu caminho para que o Ramayana fosse
contado. Aflito, Rama saiu em busca de Sita. Com olhos vermelhos de ira,
Ele procurou por Sita por toda a Índia com Seu olhar, e olhou também
para a cidade de Ravana, que, à época, localizava-se no atual Sri Lanka.
Todos os seres aquáticos no oceano começaram a ser queimados pelo calor
de Seus olhos irados, motivo pelo qual o oceano abriu-Lhe caminho.
Durante o curso da batalha, o orgulhoso Ravana foi morto pela flecha
disparada pelo Senhor Rama, que, então, uniu-Se novamente a Sita.28
Nas encarnações décima nona e vigésima, o Senhor veio pessoalmente como o Senhor Krishna
e Seu irmão, o Senhor Balarama, na dinastia Yadu, próximo ao fim de
Dvapara-yuga. Ele exibiu maravilhosos passatempos para atrair as pessoas
e, mais uma vez, aliviou o fardo do mundo livrando-o de numerosos
demônios e ateístas.29 O Senhor Krishna é diretamente a
Personalidade de Deus original, e Balarama é a primeira expansão
plenária do Senhor. De Balarama, vêm todas as outras expansões do
Divino.
A próxima encarnação do Senhor apareceu no começo de Kali-yuga como o Senhor Buddha,
o filho de Anjana, com o propósito de iludir os invejosos que haviam
utilizado mal o caminho védico e para pregar um sistema simples de
não-violência.30 À época, as pessoas em geral estavam se
desviando da execução apropriada do sistema védico e, utilizando
erroneamente a recomendação védica de sacrifícios, começaram a oferecer e
comer animais. Buddha condenou todas essas atividades e ensinou as
pessoas a simplesmente segui-lO. Ele, deste modo, enganou as pessoas sem
fé, que, por fim, tiveram fé no Senhor Buddha.
A vigésima segunda e última encarnação do Supremo aparecerá no fim de Kali-yuga, na conjunção do próximo yuga. Ele nascerá como a encarnação Kalki, o filho de Yasha, quando os regentes da Terra terão se degenerado à condição de ladrões e saqueadores comuns.31
Nesse período, não haverá tópicos sobre Deus, nem algum tipo de
conhecimento de religião. Então, porque as pessoas serão excessivamente
incapazes mentalmente para compreender a filosofia, Ele, em vez de
tentar ensinar ou mostrar o caminho de progresso, simplesmente matará os
ladrões tolos que estarão vagando pela Terra. Isso acontecerá daqui a
cerca de 427.000 anos. [Detalhes sobre o Senhor Kalki e Suas atividades
são fornecidos em um de meus primeiros livros, The Vedic Prophecies: A New Look into the Future.]
Como resume o Srimad-Bhagavatam
(1.3.28), todas essas encarnações são ou porções plenárias ou porções
das porções plenárias do Senhor. Contudo, como explicado, krishnas tu bhagavan svayam, o Senhor Sri Krishna é a Suprema Personalidade de Deus original, a fonte de todas as outras expansões ou avataras.
Embora
homens instruídos discutam o nascimento e as atividades do Supremo não
nascido, o Senhor do coração, os tolos que têm um pobre fundo de
conhecimento não podem entender a natureza transcendental das formas,
nomes e atividades do Ser Supremo, que interpreta como um ator em uma
peça teatral.32 Somente aqueles que prestam serviço favorável
ao Senhor Krishna podem conhecer o criador do universo em Sua completa
glória, poder e transcendência.33
As Encarnações Manu
Os Manus
são as quatorze encarnações que aparecem por certa duração ao longo de
um dia de Brahma. O dia de Brahma é calculado como 4.300.000 anos (o
tempo de um ciclo dos quatro yugas) vezes 1.000. Dentro de um dia
de Brahma, há quatorze Manus. A lista dos quatorze Manus neste universo
é a seguinte: Yajna é Svayambhuva Manu, Vibhu é Svarocisha Manu,
Satyasena é Uttama Manu, Hari é Tamasa Manu, Vaikuntha é Raivata Manu,
Ajita é Chakshusha Manu, Vamana é Vaivasvata Manu (o Manu da era atual),
Sarvabhauma é Savarni Manu, Rishabha é Daksha-savarni Manu, Vishvaksena
é Brahma-savarni Manu, Dharmasetu é Dharma-savarni Manu, Sudhama é
Rudra-savarni Manu, Yogesvara é Deva-savarni Manu, e Brihadbhanu é
Indra-savarni Manu. Esses quatorze Manus abrangem os 4.320.000.000 de anos solares de um dia de Brahma.34
Os Yugavataras
Os yugavataras são divididos pelos milênios em que aparecem. Aparecem em uma cor em particular de acordo com o yuga. Em Satya-yuga, a cor é branca; em Treta-yuga, a cor é vermelha; em Dvapara-yuga,
é negra, e, em Kali-yuga, a cor é amarela, ou dourada. Por exemplo, o
Senhor Krishna, em Dvapara-yuga, tinha a cor negra, ao passo que o
Senhor Chaitanya, em Kali-yuga, era de tez dourada.35
Em Satya-yuga,
as pessoas eram em geral bastante avançadas em conhecimento espiritual e
podiam meditar em Krishna com muita facilidade. Durante o tempo da
encarnação branca, o Senhor ensinou religião e meditação, através do que
mostrou Sua misericórdia para com as pessoas desta era. Na encarnação
avermelhada do Senhor durante Treta-yuga, Ele ensinou o processo de
realizar grandes rituais e sacrifícios religiosos. Em Dvapara-yuga, o
Senhor apareceu em Sua forma enegrecida como Krishna e induziu as
pessoas a adorarem-nO diretamente. Então, em Kali-yuga, o Senhor aparece
em uma cor dourada como Seu próprio devoto, demonstrando a outros o
processo espiritual para esta era. Acompanhado por Seus associados
pessoais, Ele introduziu o processo de hari-nama-sankirtana, ou o canto e a entoação congregacional dos santos nomes do Senhor, especificamente na forma do mantra Hare
Krishna. Ele pessoalmente canta e dança em amor extático por Deus.
Através desse processo, Ele entrega a todos esse amor a Deus. Quaisquer
resultados espirituais obtidos por meio de outros processos nos três yugas
anteriores podem ser facilmente obtidos em Kali-yuga mediante o cantar
dos santos nomes de Krishna. Trata-se do processo mais fácil para alguém
se livrar da existência e alcançar o reino transcendental.36
Os Shaktyavesha-avataras
O último tipo de avatara é o que se chama de shaktyavesha-avatara.
São seres vivos que são dotados de poder pelo Supremo para agirem de
certas maneiras e cumprirem uma missão em particular. Tais avataras
incluem os quatro Kumaras, Narada Muni, o Senhor Parashurama,
frequentemente Vyasadeva, e o Senhor Brahma. O Senhor Sheshanaga, nos
mundos espirituais vaikuntha, e Sua expansão como o Senhor
Ananta, no mundo material, também são encarnações dotadas de poder. O
poder do conhecimento foi dado aos Kumaras. O poder da devoção ao Senhor
foi dado a Narada. Brahma foi, é claro, dotado com habilidade de criar.
Parashurama recebeu o poder de matar os muitos homens nocivos e ladrões
que estavam no planeta no Seu tempo. Quando quer que o Senhor esteja
presente em alguém por uma porção de Suas várias potências, essa
entidade viva é considerada um shaktyavesha-avatara – um ser vivo especialmente investido de poder pelo Senhor.37
É
através dessas muitas encarnações que o Senhor mantém o universo e
fornece orientação aos seres vivos dentro dele. Entender esse
conhecimento é uma parte importante na percepção do plano por trás do
universo e nosso propósito dentro dele, e o mesmo fornece grandes
benefícios a todos que ouvem sobre ele. Como se explica no Srimad-Bhagavatam (8.23.30),
“se alguém ouve acerca das incomuns atividades da Suprema Personalidade
de Deus em Suas várias encarnações, ele certamente se eleva aos
sistemas planetários mais elevados ou até mesmo volta diretamente ao
Supremo, o domínio espiritual”.
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Referências
1. Bhagavad-gita 4.7-8
2. Ibid., 3.2.7
3. Srimad-Bhagavatam 1.3.6
4. Ibid., 2.7.5
5. Ibid., 1.3.7 & 2.7.1
6. Ibid., 1.3.8
7. Ibid., 2.7.19
8. Ibid., 1.3.9
9. Ibid., 2.7.6
10. Ibid., 1.3.10
11. Ibid., 2.7.3
12. Ibid., 1.3.11 & 2.7.4
13. Ibid., 1.3.12
14. Ibid., 1.3.13 & 2.7.10
15. Ibid., 2.7.11
16. Ibid., 1.3.14
17. Ibid., 2.7.9
18. Ibid., 1.3.15 & 2.7.12
19. Ibid., 1.3.16
20. Ibid., 2.7.13
21. Ibid., 2.7.21
22. Ibid., 1.3.17
23. Ibid., 1.3.18 & 2.7.14
24. Ibid., 1.3.19 & 2.7.17-18
25. Ibid., 1.3.20 & 2.7.22
26. Ibid., 1.3.21& 2.7.36
27. Ibid., 1.3.22
28. Ibid., 2.7.23-5
29. Ibid., 1.3.23 & 2.7.26
30. Ibid., 1.3.24 & 2.7.37
31. Ibid., 1.3.25 & 2.7.38
32. Ibid., 1.3.35, 37
33. Ibid., 1.3.38
34. Ibid., 1.3.5, significado & Chaitanya-charitamrita, Madhya-lila, 20, 319-328
35. Srimad-Bhagavatam 1.3.5, significado & Chaitanya-charitamrita, Madhya-lila, 20, 329-333
36. Chaitanya-charitamrita, Madhya-lila, 20, 334-347 & Srimad-Bhagavatam 11.5.32, 36 & 12.3.51-2
37. Chaitanya-charitamrita, Madhya-lila, 20.369-73