segunda-feira, 26 de maio de 2014

A CONQUISTA DOS DIREITOS CIVÍS DOS JUDEUS NA EUROPA

A CONQUISTA DOS DIREITOS CIVIS DOS JUDEUS NA EUROPA

França em 1789 com a Revolução francesa ,foi outorgado pela Assembleia Nacional em 1791,finalmente consolidado em 1848.

Reino Unido de Grã Bretanha em 1858.

Imperio Austria-Hungria em1867.

Italia em 1870.

Alemanha em 1871.

Noruega em 1891

sexta-feira, 23 de maio de 2014

RABINO DAVID MAYER : O JUDAISMO DEVE FAZER LIMPEZA NAS PROPRIAS LINHAS

“O judaísmo deve fazer limpeza nas próprias linhas”, diz rabino

Entrevista com o professor da Universidade Pontifícia Gregoriana David Meyer


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Johnk85
23.05.2014 // IMPRIMIR
Há 50 anos da viagem do Papa Paulo VI à Terra Santa, o que mudou nas relações entre o Vaticano e o Estado de Israel? Quais são os novos desafios?

A primeira coisa que mudou foi o reconhecimento oficial do Estado de Israel pela parte do Vaticano, coisa extremamente importante; isto muda completamente o contexto das relações entre o judaísmo e o cristianismo.

Não são muito 50 anos, mas dão a possibilidade de ver nos fatos as mudanças, e o fim do ensinamento do desprezo e a sua transformação real no ensinamento do Espírito.

Nós temos sempre mais uma perspectiva histórica que estabelece a qualidade desta relação, por isso, tudo mudou muito.

Entre os vários temas, tem um particularmente delicado: a problemática de alguns círculos judeus em Israel que preveem um grande ódio pelo cristianismo. É um fenômeno inédito, que não existia há 50 anos, mas nem mesmo há cinco anos. O judaísmo deve enfrentar este novo desafio, no qual nós, a comunidade judaica, não estávamos preparados.

Há duas semanas surgiu o caso dos famosos escritos anti-cristãos. O bispo de Nazaré foi ameaçado de morte em uma carta: “Todos os cristãos, exceto os protestantes e evangélicos, devem sair de Israel”. Como explicar este sentimento anti-cristão que o senhor mencionou, e mais concretamente como explica a revolta contra os católicos e não com os protestantes, por exemplo?

Existe uma razão, que para mim não é uma justificativa. As pessoas - que definirei loucos furiosos - autores destes tipos de cartas, dizem que os evangélicos dos Estados Unidos são aqueles que sustentam incondicionalmente o Estado de Israel, em vez disso o catolicismo teria uma voz mais crítica em relação à política israelense.

O problema de fundo é que o judaísmo precisa reconhecer pela primeira vez na sua história que existem extremistas ao interno de sua própria tradição. A nossa tradição religiosa é capaz de grande beleza, mas também de gerar violência e abominação, rejeição e ódio.

Novamente é uma novidade, e o judaísmo não estava preparado para uma leitura violenta do seu relacionamento com os outros. Hoje descobrimos que não estamos em tudo imunes a este tipo de deriva bárbara e de tudo retrógrado no sentido da tradição judaica.

Um dos desafios da viagem do Papa à Terra Santa será enfrentar esta dificuldade e dizer que como a tradição cristã precisou enfrentar no seu ensinamento o desprezo, hoje é o judaísmo que traz em si uma parte destes defeitos, e é o momento de fazer limpeza entre as suas linhas.

O fato que o papa tenha decidido abrir o acesso aos arquivos vaticanos, para que a Igreja possa reconhecer uma possível responsabilidade no período da II Guerra Mundial, não é um fator adicional de reconciliação para a comunidade judaica?

De fato, existem enormes fatores de reconciliação. Todos os últimos papas foram muito favoráveis ao judaísmo, com verdadeiras amizades, por isso o judaísmo tem todas as razões para reconhecer que existe uma real amizade judaico-cristã.

Esta amizade, porém, não pode passar sobre certas problemáticas políticas que devem permitir ao Vaticano de criticar a política de Israel quando é legítimo, como faz com outros Estados, em cada tipo de circunstâncias, e isto não deve ser um impacto sobre as relações dos judeus com os cristãos.

O problema está aqui: uma parte do espectro religioso de Israel funde Estado e religião. Existe uma parte de idolatria do Estado de Israel da parte de alguns pensadores do judaísmo da ala ultra-ortodoxa nacionalista, que idolatra o Estado, e deste modo cada forma de crítica a eles se torna um ataque ao Estado, o que dá espaço a reações insensatas.

quarta-feira, 21 de maio de 2014

ATO ECUMÊNICO EM MARACANÃ :RELIGIOSOS APOIAM A UMBANDA E CANDOMBLÉ

Favela 247 − A Agência Brasil publicou matéria repercutindo a decisão do Juiz da 17ª Vara Federal do Rio, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para retirar da internet vídeos de intolerância contra religiões afro-brasileiras, alegando que umbanda e o candomblé “não contêm os traços necessários de uma religião”, um texto-base, algo como a Bíblia, por exemplo, ou mesmo uma organização vertical com um Deus específico a ser seguido. A publicação relata as manifestações de apoio ao pedido do MPF dadas no Maracanã, na manhã de ontem, durante o lançamento da campanha "Por um mundo sem armas, drogas, violência e racismo", organizada pela Pastoral do Esporte da Arquidiocese do Rio para a Copa do Mundo e que reuniu diversos líderes religiosos, entre eles, o dom Roque Costa Souza, que representava o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta. Dom Roque comentou a decisão do Juiz Eugênio Rosa, segundo ele, em um estado laico, esse tipo de posição atrapalha um diálogo inter-religioso que há tempos vem sendo construído em busca de tolerância e respeito entre as religiões: “Se o país está dizendo que é laico, e as religiões não têm que se intrometer em determinadas situações, por que agora vem a Justiça querer definir o que é religião e o que não é, se desde tanto tempo nós estamos nesse diálogo inter-religioso e procurando aceitar uns aos outros com as nossas diferenças do modo de cultuar Deus?”, comenta.
O babalorixá Carlos Ivanir dos Santos, também presente no Maracanã, afirmou que essa decisão alimenta o momento difícil vivido pelo candomblé, onde as agressões aos terreiros e seus fiéis vem aumentando, conforme noticiamos aqui no Favela 247, e agradeceu o apoio dos demais líderes religiosos: "O que leva ao ódio é a ignorância. É a ignorância que cria o que estamos vendo na Nigéria [referindo-se ao grupo fundamentalista que sequestrou meninas por acreditar que mulheres não devem estudar], onde um grupo quer impor a sua verdade sobre outros".
O Deputado Federal Jean Wyllys, em artigo publicado no Brasil 247, criticou a decisão, que segundo ele, fere dispositivos constitucionais e legais, além de violar tratados internacionais, como a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, conhecida como Pacto de San Jose da Costa Rica, ratificada pelo Brasil em 1992 e que dispõe sobre a garantia de não discriminação por motivo de raça, cor, sexo, idioma, religião, opiniões, políticas ou de qualquer outra natureza, origem nacional ou social, posição econômica, nascimento ou qualquer outra condição social. E afirma: “Se há uma liberdade religiosa a ser limitada é a daquelas religiões que usam dos meios de massa para difamar e promover a intolerância contra outras religiões e divulgam práticas que põem em risco a saúde coletiva, como pedir que pessoas abandonem tratamento de câncer ou aids em nome de orações!”.
O procurador regional dos Direitos do Cidadão, Jaime Mitropoulos, em matéria publicada pelo site GGN, também comentou a decisão do Juiz da 17ª Vara Federal do Rio, lembrando também, assim como o deputado Jean Wyllys, da quebra de tratados internacionais e afirmando que essa posição desconsidera fatores históricos e sociais: “A decisão causa perplexidade, pois ao invés de conceder a tutela jurisdicional pretendida, optou-se pela definição do que seria religião, negando os diversos diplomas internacionais que tratam da matéria (Pacto Internacional Sobre os Direitos Civis e Políticos, Pacto de São José da Costa Rica, etc.), a Constituição Federal, bem como a Lei 12.288/10. Além disso, o ato nega a história e os fatos sociais acerca da existência das religiões e das perseguições que elas sofreram ao longo da história, desconsiderando por completo a noção de que as religiões de matizes africanas estão ancoradas nos princípios da oralidade, temporalidade, senioridade, na ancestralidade, não necessitando de um texto básico para defini-las”.
Leia a seguir a reportagem da Agência brasil.

Por Vinícius Lisboa para a Agência Brasil
Religiosos criticam decisão que não considera umbanda e candomblé religiões
Líderes de diversas religiões repudiaram hoje (19) a decisão do juiz da 17ª Vara Federal do Rio, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido de retirada de vídeos com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras, por considerar que a umbanda e o candomblé “não contêm os traços necessários de uma religião”, como um texto-base, a exemplo da Bíblia, uma estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado. As críticas foram feitas durante o lançamento da campanha promovida pela Pastoral do Esporte da Arquidiocese do Rio para a Copa do Mundo de 2014.
Intitulada "Por um mundo sem armas, drogas, violência e racismo", a campanha foi promovida em um evento inter-religioso nesta segunda-feira, no Estádio Jornalista Mário Filho, Maracanã. O babalorixá Carlos Ivanir dos Santos afirmou que o candomblé vive tempos difíceis e agradeceu o apoio de representantes de outras denominações religiosas que criticaram a decisão: "O que leva ao ódio é a ignorância. É a ignorância que cria o que estamos vendo na Nigéria [referindo-se ao grupo fundamentalista que sequestrou meninas por acreditar que mulheres não devem estudar], onde um grupo quer impor a sua verdade sobre outros".
De acordo com Santos, "A questão da intolerância religiosa tem sido um fator importante para o ódio. Quando um juiz de um Estado laico desrespeita a Constituição, colocando uma opinião preconceituosa, se fomenta o ódio contra as religiões de matriz africana”, criticou, classificando a argumentação do juiz como elitista e racista. Na decisão, Eugênio Rosa de Araújo afirmou que “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença – são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião”
A mãe Fátima Damas, umbandista, também defendeu sua religião contra a visão do juiz. "É muita ignorância da parte dele. Ele precisa entender que existe a cultura oral. É impraticável a gente aceitar que um homem da lei abra a boca e faça uma coisa dessa. Queremos ouvi-lo e queremos que ele nos ouça. Esperamos que se retrate", afirmou.
Líderes de outras religiões endossaram as críticas. Presidente do Conselho de Igrejas Cristãs do Estado do Rio de Janeiro, a pastora Lusmarina Campos Costa apoiou o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), que solicitou a retirada dos 15 vídeos do YouTube: "Não podemos aceitar o ódio ou a sua expressão de maneira nenhuma. Nos colocamos solidários com o MPF no RJ, quando diz não aos vídeos que incitam o ódio contra as religiões afro-brasileiras e permanecemos ao lado quando ele recorre da decisão descabida do juiz federal que baseia o seu julgamento em um argumento arcaico e obsoleto, desconsiderando a complexidade do universo religioso brasileiro".
Representando o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, o bispo auxiliar dom Roque Costa Souza também se solidarizou com as religiões de matriz africana. "Se o país está dizendo que é laico, e as religiões não têm que se intrometer em determinadas situações, por que agora vem a Justiça querer definir o que é religião e o que não é, se desde tanto tempo nós estamos nesse diálogo inter-religioso e procurando aceitar uns aos outros com as nossas diferenças do modo de cultuar Deus?”, questionou, acrescentando que a Igreja Católica se posiciona contra essa decisão.
O sacerdote budista Gyoushu Tadokoro também invocou a laicidade do Estado para criticar a decisão. "O país é laico legalmente e qualquer tipo de discriminação que coloque que isso é religião e isso não é cabe a nós, religiosos", defendeu.
Membro da Sociedade Beneficente Islâmica do Rio de Janeiro, Sami Ahmed Isbelle destacou a tradição das religiões africanas no Brasil. "Essas são denominações existentes há muito tempo no Brasil, então, essa é uma decisão completamente equivocada e fora de propósito. O que vai gerar tudo isso é mais ignorância”, disse.
Isbelle também alertou: “Quando você coloca uma denominação que há muito tempo já sofre um preconceito dentro do Brasil como não sendo uma religião, isso pode estimular as pessoas a perseguirem, a cometerem atos violentos contra eles, justificando que não é considerado religião".
O presidente da Federação Israelita do Estado Rio de Janeiro, Jayme Salomão, pediu respeito às minorias. "Todo mundo que busca um Deus, nós temos que reconhecer. Temos que reconhecer as minorias presentes no Brasil. O Brasil tem que servir de exemplo de sucesso, de lugar onde todas as religiões se agregam em paz".
A campanha "Por um mundo sem armas, drogas, violência e racismo" é o tema da 14° Semana Municipal da Paz, que destaca a importância da preservação da vida. Além de atividades de conscientização, a campanha produziu a música Fé na Copa e ninguém pra escanteio, que será executada nos eventos da arquidiocese antes, durante e depois do mundial de futebol.

terça-feira, 20 de maio de 2014

RELIGIOSOS CRITICAM DESIÇÃO QUE NÃO CONSIDERA UMBANDA E CANDOMBLE COMO RELIGIÃO


Religiosos criticam decisão que não considera umbanda e candomblé religiões

As críticas foram feitas durante o lançamento da campanha para a Copa do Mundo de 2014

Agência Brasil
Atualizado em 19/05/2014 16:48:38
Líderes de diversas religiões repudiaram segunda-feira (19) a decisão do juiz da 17ª Vara Federal do Rio, Eugênio Rosa de Araújo, que negou o pedido de retirada de vídeos com mensagens de intolerância contra religiões afro-brasileiras, por considerar que a umbanda e o candomblé “não contêm os traços necessários de uma religião”, como um texto-base, a exemplo da Bíblia, uma estrutura hierárquica e um Deus a ser venerado. As críticas foram feitas durante o lançamento da campanha promovida pela Pastoral do Esporte da Arquidiocese do Rio para a Copa do Mundo de 2014.

Intitulada 'Por um mundo sem armas, drogas, violência e racismo', a campanha foi promovida em um evento inter-religioso nesta segunda-feira, no Estádio Jornalista Mário Filho, Maracanã. O babalorixá Carlos Ivanir dos Santos afirmou que o candomblé vive tempos difíceis e agradeceu o apoio de representantes de outras denominações religiosas que criticaram a decisão: "O que leva ao ódio é a ignorância. É a ignorância que cria o que estamos vendo na Nigéria [referindo-se ao grupo fundamentalista que sequestrou meninas por acreditar que mulheres não devem estudar], onde um grupo quer impor a sua verdade sobre outros".

De acordo com Santos, "A questão da intolerância religiosa tem sido um fator importante para o ódio. Quando um juiz de um Estado laico desrespeita a Constituição, colocando uma opinião preconceituosa, se fomenta o ódio contra as religiões de matriz africana”, criticou, classificando a argumentação do juiz como elitista e racista. Na decisão, Eugênio Rosa de Araújo afirmou que “as manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões, muito menos os vídeos contidos no Google refletem um sistema de crença – são de mau gosto, mas são manifestações de livre expressão de opinião”

A mãe Fátima Damas, umbandista, também defendeu sua religião contra a visão do juiz. "É muita ignorância da parte dele. Ele precisa entender que existe a cultura oral. É impraticável a gente aceitar que um homem da lei abra a boca e faça uma coisa dessa. Queremos ouvi-lo e queremos que ele nos ouça. Esperamos que se retrate", afirmou.

Líderes de outras religiões endossaram as críticas. Presidente do Conselho de Igrejas Cristãs do Estado do Rio de Janeiro, a pastora Lusmarina Campos Costa apoiou o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF/RJ), que solicitou a retirada dos 15 vídeos do YouTube: "Não podemos aceitar o ódio ou a sua expressão de maneira nenhuma. Nos colocamos solidários com o MPF do RJ quando diz não aos vídeos que incitam o ódio contra as religiões afro-brasileiras e permanecemos ao lado quando ele recorre da decisão descabida do juiz federal que baseia o seu julgamento em um argumento arcaico e obsoleto, desconsiderando a complexidade do universo religioso brasileiro".

Representando o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, o bispo auxiliar Dom Roque Costa Souza também se solidarizou com as religiões de matriz africana. "Se o país está dizendo que é laico, e as religiões não têm que se intrometer em determinadas situações, por que agora vem a Justiça querer definir o que é religião e o que não é, se desde tanto tempo nós estamos nesse diálogo inter-religioso e procurando aceitar uns aos outros com as nossas diferenças do modo de cultuar Deus?”, questionou, acrescentando que a Igreja Católica se posiciona contra essa decisão.

O sacerdote budista Gyoushu Tadokoro também invocou a laicidade do Estado para criticar a decisão. "O país é laico legalmente e qualquer tipo de discriminação que coloque que isso é religião e isso não é cabe a nós, religiosos", defendeu.

Membro da Sociedade Beneficente Islâmica do Rio de Janeiro, Sami Ahmed Isbelle destacou a tradição das religiões africanas no Brasil. "Essas são denominações existentes há muito tempo no Brasil, então, essa é uma decisão completamente equivocada e fora de propósito. O que vai gerar tudo isso é mais ignorância”, disse.

Isbelle também alertou: “Quando você coloca uma denominação que há muito tempo já sofre um preconceito dentro do Brasil como não sendo uma religião, isso pode estimular as pessoas a perseguirem, a cometerem atos violentos contra eles, justificando que não é considerado religião".

O presidente da Federação Israelita do Estado Rio de Janeiro, Jayme Salomão, pediu respeito às minorias. "Todo mundo que busca um Deus, nós temos que reconhecer. Temos que reconhecer as minorias presentes no Brasil. O Brasil tem que servir de exemplo de sucesso, de lugar onde todas as religiões se agregam em paz".

A campanha Por um mundo sem armas, drogas, violência e racismo é o tema da 14° Semana Municipal da Paz, que destaca a importância da preservação da vida. Além de atividades de conscientização, a campanha produziu a música Fé na Copa e ninguém pra escanteio, que será executada nos eventos da arquidiocese antes, durante e depois do mundial de futebol.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

SOLIEDARIEDADE DE LÍDERES CRISTÃOS COM CULTOS AFRO BRASILEIROS

Líderes cristãos manifestam apoio a representantes de cultos afro-brasileiros e criticam juiz que definiu que umbanda e candomblé não são religiões

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Líderes cristãos manifestam apoio a representantes de cultos afro-brasileiros e criticam juiz que definiu que umbanda e candomblé não são religiões A decisão do juiz federal Eugênio Rosa de Araújo de considerar que os cultos afro-brasileiros não podem ser considerados uma religião causou inúmeros protestos na comunidade religiosa e agora a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa planeja um protesto.
O juiz pontuou que não considera os ritos afro-brasileiros, como umbanda e candomblé, como religião, pois não seguem um livro-base, como a Bíblia é para o cristianismo, e nem cultuam uma divindade específica. A opinião do juiz foi expressa numa sentença de uma ação que o Ministério Público move contra o YouTube, pedindo a retirada de vídeos que possuem material considerado ofensivo a esses cultos, o que feriria a liberdade religiosa.
Os protestos contra a decisão do juiz foram registrados de diversas partes, incluindo a comunidade cristã. “A definição de religião que o juiz tem na cabeça revela total desconhecimento das teses teológicas”, disse o frei franciscano David Raimundo dos Santos. “Caso os membros das religiões afro façam protestos, terão o apoio de nós, católicos”, afirmou o frei ao jornal O Dia.
O pastor Henrique Vieira, dirigente de uma Igreja Batista, demonstrou surpresa com a postura do juiz e manifestou solidariedade aos representantes dos ritos afro-brasileiros: “Essa decisão desrespeita a identidade cultural e religiosa que é legítima. É uma violência que se dá no âmbito do discurso”, frisou.
O autor da denúncia sobre os vídeos que levou o Ministério Público a mover a ação, babalorixá Marcio Jagun, disse que a sentença do juiz reforçou o preconceito: “O magistrado acabou fundamentando as agressões. Se ele, enquanto autoridade, desconsidera como manifestação legítima, acaba referendando as agressões”.
A repercussão do caso levou os representantes das religiões afro-brasileiras a se organizarem para pedir ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que investigue o juiz Araújo, de acordo com informações da Folha de S. Paulo. “A decisão foi absurda e lamentável, porque fere a Constituição. Na prática, o juiz pode dificultar que as religiões de origem africana tenham acesso aos mesmos direitos das outras, como o cristianismo e o judaísmo”, comentou o deputado Edson Santos (PT-RJ), ex-ministro da Igualdade Racial.
Diante da polêmica, o juiz optou por não comentar sua decisão, e o procurador responsável pela ação, Jaime Mitropoulos, classificou a sentença como “absurda”.

VISITA DO PAPA Á TERRA SANTA TRAZ NOVAS ESPERANÇAS PAAR O ECUMENISMO :DIZ CARDEAL KOCH

Visita do Papa à Terra Santa traz novas esperanças para o ecumenismo: diz Cardeal Koch



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Faltam poucos dias para a viagem do Papa Francisco à Terra Santa, programada para os dias 24 a 26 deste mês. Trata-se de uma peregrinação repleta de significado, como nos explica o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, entrevistado pela Rádio Vaticano:

"O ponto de partida para esta visita foi a comemoração do primeiro encontro entre o Patriarca Atenágoras e o Papa Paulo VI, em Janeiro de há 50 anos, em Jerusalém: foi o primeiro encontro depois de muito, muito tempo, e foi o início do diálogo. E com o encontro entre os actuais representantes da Igreja – o Papa Francisco e o Patriarca Bartolomeu I – espero que as boas relações que experimentámos nestes 50 anos possam ser ulteriormente aprofundadas para dar outros passos no futuro".
RV: Podemos esperar algum passo concreto, ou se trata de algo que se dá, sobretudo, num nível "simbólico"?

"Creio que se trata substancialmente de um nível simbólico, mas no campo do ecumenismo o nível simbólico é muito importante! Fazemos uma distinção entre o diálogo do amor e o diálogo da verdade, e o diálogo da verdade sobre questões teológicas não é muito simples; mas ele não funciona sem o diálogo do amor e nesse sentido, esse encontro representa um evento muito importante!"
RV: Do ponto de vista ecuménico, o que o Papa leva à Terra Santa?

"Sobretudo, o Papa leva a si mesmo e a sua mensagem, e essa é uma mensagem de paz e de reconciliação e de fraternidade nas relações ecuménicas".
RV: Sendo responsável pelo dicastério vaticano que se ocupa da promoção da unidade dos cristãos e também responsável pelo diálogo com os judeus: quais são, para si, neste campo, as esperanças colocadas nesta visita?

"Os encontros com os judeus e com os representantes de Israel se dão em dois níveis. Por um lado, os encontros com os representantes do Estado – o presidente, o primeiro-ministro e as autoridades do Estado – que têm a finalidade de consolidar e aprofundar as relações entre Vaticano e Israel; por outro lado, está previsto um encontro com o Grão-Rabino de Jerusalém: esse é um dos aspectos do diálogo do qual se ocupa a nossa Comissão para as relações religiosas com o Judaísmo. Seguramente também isso contribuirá para o aprofundamento das relações com o Grão-Rabinato de Jerusalém".
RV: A visita do Papa durará somente três dias. Portanto, um tempo breve, mas muito intenso...

"O tempo é relativamente breve, três dias, mas na realidade tudo é muito importante e se deve ressaltar isso... Haverá três dimensões: ecuménica, no encontro com o Patriarca Bartolomeu I e com a celebração ecuménica, durante a qual o Papa encontrará também os outros patriarcas: o greco-ortodoxo de Jerusalém e o Patriarca da Igreja Apostólica Arménia; depois se dará espaço ao Judaísmo com as visitas oficiais; e além disso, naturalmente, a visita ao Muro das Lamentações, ao Yad Vashem, a visita ao túmulo de Herzl ... são todos encontros importantes. Por fim, se terá também o encontro com o Grão-Mufti de Jerusalém, e assim se acrescenta a dimensão inter-religiosa, sobretudo com o Islão".

quinta-feira, 15 de maio de 2014